domingo, 17 de junho de 2007

Desejos!

Pois é por ti, mulher, isto que sinto,
que escrevo e digo louco num lamento;
às vezes triste e outras eu pressinto
que tens prazer ao ver-me em sofrimento.

E o teu retrato a letras de ouro pinto,
cuidando assim sentir contentamento;
palavras de alegria invento e minto:
não sinto a dor pungente nem tormento.

Engano meu, que triste a realidade:
não quis acreditar que a fantasia
é fruto da argúcia da vaidade;

acreditei no sonho e sem razão,
pensei viver momentos da magia
que tanto me pedia o coração!

Luís Mouta

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