Pois é por ti, mulher, isto que sinto,
que escrevo e digo louco num lamento;
às vezes triste e outras eu pressinto
que tens prazer ao ver-me em sofrimento.
E o teu retrato a letras de ouro pinto,
cuidando assim sentir contentamento;
palavras de alegria invento e minto:
não sinto a dor pungente nem tormento.
Engano meu, que triste a realidade:
não quis acreditar que a fantasia
é fruto da argúcia da vaidade;
acreditei no sonho e sem razão,
pensei viver momentos da magia
que tanto me pedia o coração!
Luís Mouta
que escrevo e digo louco num lamento;
às vezes triste e outras eu pressinto
que tens prazer ao ver-me em sofrimento.
E o teu retrato a letras de ouro pinto,
cuidando assim sentir contentamento;
palavras de alegria invento e minto:
não sinto a dor pungente nem tormento.
Engano meu, que triste a realidade:
não quis acreditar que a fantasia
é fruto da argúcia da vaidade;
acreditei no sonho e sem razão,
pensei viver momentos da magia
que tanto me pedia o coração!
Luís Mouta
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