terça-feira, 7 de agosto de 2007

Por um olhar!

Atrás das densas brumas da memória
por ente olhares, o medo da alegria;
ao longe espreita – triste – esta vitória,
perdida outrora e achada neste dia.

Dos sonhos ensaiado em doce glória,
desejos como ânsias de magia;
no rosto reflectido e nesta história
ao mundo segredando a fantasia.

Tão loucos de esperança: os pensamentos
– fugazes, livres, loucos – levemente,
na alma acendem fogos desejados;

Os olhos rasos d’água e por momentos,
- a alma confundida e sorridente -
estão na mente anseios concentrados.
-
Luís Mouta

quinta-feira, 19 de julho de 2007

Permuta!

Sonhava muito além da fantasia,
nos tenros anos idos, um clamor;
na juventude um sonho e a magia
que a vida prometia com fervor.

Nos passos que ensaiava em cada dia
cuidava que investia com valor;
mas quis a crua sorte que a alegria
não fosse muito além de um falso amor.

Agruras do destino: no momento
que a sorte quis, assim tão controversa,
senti no sim intenso que jurei

a falta de resposta; e desatento
o teu sentido; e a mente tão dispersa
na certeza; e tão fingida eu te achei!

Luís Mouta

domingo, 17 de junho de 2007

Desejos!

Pois é por ti, mulher, isto que sinto,
que escrevo e digo louco num lamento;
às vezes triste e outras eu pressinto
que tens prazer ao ver-me em sofrimento.

E o teu retrato a letras de ouro pinto,
cuidando assim sentir contentamento;
palavras de alegria invento e minto:
não sinto a dor pungente nem tormento.

Engano meu, que triste a realidade:
não quis acreditar que a fantasia
é fruto da argúcia da vaidade;

acreditei no sonho e sem razão,
pensei viver momentos da magia
que tanto me pedia o coração!

Luís Mouta