quarta-feira, 6 de setembro de 2006

Desejo imprudente!

Esquivos os sorrisos, nesse olhar,
em corpo esguio, a doce formosura;
na elegância altiva do teu andar,
eu percebi certezas, de loucura!

Avisado, mas na ânsia de voar
vivi-te em sonho, envolto em amargura:
e sinto agora a culpa, e a aumentar
um amor que em mim, sedento, te procura!

Chegaste da incerteza e nem pensei:
senti-te o cheiro acre do pecado:
perdido no perfume e por vaidade,

provei-te o corpo e a pele, e então criei
-num gesto que suspeito sem cuidado-
nos gemidos que soltaste, a verdade.

Luís Mouta

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